”A carne mais barata do mercado é a negra,
A carne mais marcada pelo Estado é a negra”.
A carne mais marcada pelo Estado é a negra”.
Comemoramos em novembro a tão
sonhada e proclamada “CONSCIÊNCIA NEGRA”. O que mesmo comemorar? Qual
consciência, negra ou humana? Muito pouco há para celebrar, infelizmente no
estágio evolutivo em que nos encontramos pouco vemos diferença no comportamento
geral social no que se diz respeito à consciência racial, cultural e religiosa.
O que comemorar se o que mais vemos é a discriminação, humilhação e ausência de
oportunidades e espaços para os negros como qualquer outra etnia? Olhar
panoramicamente e não notar diferença alguma de anos passados de sofrimento,
opressão, marginalização, subjugação, exploração e aculturação que se abatem
sobre aqueles a quem foi negado até o direito de serem reconhecidos e
respeitados como seres humanos.
Vemos todos os dias notícias onde predomina o alto índice de
discrepância salarial, vagas escassas em empregos com qualificação, cotas nas
universidades e escolas. Entrevistas para trabalho que só é benquisto o padrão
europeu, “brancos e bonitinhos”, jamais “negros e bonitos”, se forem “pobrezinhos”
aí então, é que não passam mesmo na seleção.
Ainda hoje os negros brasileiros
e em especial o baiano sofre com discriminação e repressão social, é notório o
Apartheid que predomina em nossa sociedade, a cor da desconfiança dos negros
sendo didaticamente esfregada de maneira cruel na cara de jovens que cresceram
aprendendo que no tempo de socialização no universo do consumo eles não são bem
vindos. Sendo expulsos, vigiados e banidos de shoppings como marginais confessos,
só pelo único motivo de serem negros. Inclusive negros de classe social mais
favorecida, sofrem com comportamentos de segregação, pois, por serem negros não
merecem confiança ou não se tem respaldo algum de caráter.
Enquanto os seres pensantes continuarem a alimentar esse sistema de
dominação que acaba submetendo outros seres a um poder instituído com suporte na
marginalização da maioria com desculpa de traços, origens geográficas e cor da
pele, aí sim, jamais havemos de ter motivos para celebrar uma humanidade harmônica,
sem diferenças, sem apartheid, sem exclusão social. Expressamente temos de
buscar a tão sonhada e necessária evolução cultural do nosso país, e colocar em
prática literalmente a conscientização humana sem cor, credo e diferença
monetária.
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